Doutora em História da Cultura, mestre em Antropologia Social e representante dos Centros de Memória do Grupo Globo, Sílvia Fiuza selecionou cinco obras fundamentais para se aprofundar no mundo da memória empresarial.

1. Arquivos Pessoais: Reflexões Multidisciplinares e Experiências de Pesquisa, de Isabel Travancas, Joëlle Rouchou e Luciana Heymann (Orgs.). Rio de Janeiro: Editora FGV, 2013
“O rearranjo dos documentos, viabilizado pela digitalização, alteraria o sentido original do arquivo, comprometendo sua compreensão como um todo orgânico dotado de uma lógica própria? Essas e outras são questões discutidas na publicação que merecem a reflexão por parte de profissionais e grupos que estudem ou atuem em instituições voltadas para a memória.”
2. Usos e Abusos da História Oral, de Marieta de Moraes Ferreira e Janaína Amado (Orgs.). Rio de Janeiro, Editora FGV, 2006.
“Trata-se de uma obra de referência fundamental para historiadores, antropólogos e sociólogos, entre outros, que lidam com fontes orais e também para profissionais de centros de pesquisa e documentação que têm como projeto a constituição de arquivos de baseados em história oral.”
3. Smart Curation, in Smart – O que você não sabe sobre a internet, de Frédéric Martel. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2015.
“O capítulo Smart Curation aborda, entre diversos assuntos, o uso de meios digitais em museus, acervos e centros culturais ligados à indústria criativa. Constata que há uma tendência cada vez maior nesses espaços de dar prioridade ao “diálogo” com seu público na organização de seus conteúdos. E verifica que mais do que uma ferramenta de comunicação global, a internet é para esses museus, acervos e espaços culturais um meio de aproximação com o público local e ligado aos seus conteúdos.”
4. Mídia e Memória – A produção de sentidos nos meios de comunicação, de Ana Paula Goulart Ribeiro e Lucia Maria Alves Ferreira (Orgs.). Rio de Janeiro, Editora Mauad X, 2007.
“A publicação é composta por 17 artigos de pesquisadores de pós-graduação de universidades do Rio de Janeiro, que trabalham com temas ligados à prática discursiva da mídia brasileira e como ela acaba por se constituir em um “lugar de memória” da contemporaneidade.”
5. Memórias da Elite: Arquivos, Instituições e Projetos Memoriais, de Luciana Quillet Heymann. Revista Pós Ciências Sociais – PPGCSoc, UFMA. Dossiê. V.8, nº 11, 2011.
“Para estudiosos e gestores de centros de memória, o texto de Luciana Heymann é fundamental para a reflexão sobre as especificidades de cada arquivo. É essencial também para a discussão de como ações voltadas para a memória estão ancoradas nos projetos pessoais dos titulares dos acervos e das instituições que têm a função da sua guarda e preservação.”
A resenha aprofundada de cada um desses livros está disponível na seção ABME Indica.